Trata-se de um tal de gerundismo que está povoando muitas frases de muitas pessoas que estão conversando conosco e com outras pessoas que, muitas sem querer, estão sendo torturadas com essa mania.
Muitas pessoas andam tentando nos obrigar a ir aceitando uma maneira de falar que, na realidade não nos pertence e ainda fica dando a impressão de que estão continuando a fazer alguma coisa que precisa ser feita simplesmente.
O tempo verbal gerúndio, caracterizado pela terminação ndo (comendo, fazendo, passando, dirigindo etc) expressa uma ação continuada, portanto que se alonga, que não se interrompe e não uma ação determinada. Quem está fazendo, pode estar fazendo por um tempo que não sabemos qual é, diferente de que fez (passado), de quem faz (presente) ou de quem fará no futuro.
Alguém liga para uma empresa e diz: eu gostaria de estar passando um fax.
É claro que não deve ser, mas parece que a pessoa vai passar o dia inteiro enviando o fax. – É mais simples, mais direto e com tempo determinado dizer: “eu gostaria de passar um fax.”
Uma atendente no balcão nos diz: “Eu vou estar enviando seu pedido para o setor competente.” – Quanto tempo isso vai levar?
Isso já foi até alvo de um decreto publicado no Diário Oficial de Brasília, quando o governador, querendo que a administração desse respostas mais rápidas e com prazo para terminar as suas ações, “demitiu o gerúndio” (devia ter demitido o gerundismo).
Normalmente quem quer enrolar com alguma coisa sempre tende a dizer algo do tipo "ando, endo indo” sem falar de forma objetiva e inclusive maneira a estabelecer um prazo para que aquilo que se pede.
Acho que vou estar encerrando por aqui e não vou me alongando para não estar enchendo a paciência de ninguém que está lendo esta postagem.
Melhor dizer: vou encerrar por aqui para não me alongar nem encher a paciência de quem está lendo (???) esta postagem.
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