sábado, 29 de junho de 2013

Apresentador ou Mestre de Cerimônias?

Uma amiga havia me pedido ajuda com relação ao cerimonial de um evento que ela estava organizando, juntamente com a Prefeitura.
Logo em seguida ela me disse que não precisaria mais, pois a parceira no empreendimento prometera que o cerimonial seria providenciado.
Como o evento aconteceria num auditório de uma universidade que não conheço, resolvi ir até lá para ver o local, conferir o cerimonial "oficial" e ainda me colocar à disposição da amiga para qualquer necessidade.

Lá chegando, quase na hora do evento se iniciar, encontrei-a perplexa pois não havia um "cerimonial" e o Mestre de Cerimônias escalado não sabia nada sobre o evento.
O bom auditório contava com tudo no lugar certo, inclusive as bandeiras na ordem correta.

Solícito e com boa voz, após algumas dicas, o apresentador (não era Mestre de Cerimônias) iniciou o evento e eu fiz questão de registrar para tecer algumas críticas (como de praxe):
  • a roupa não estava adequada para a atuação de um profissional Mestre de Cerimônias. O ideal é que estivesse de terno e gravata, mas também poderia estar somente com um blazer;
  • ao lado esquerdo do apresentador, no piso do palco, havia uma boa quantidade de folhas soltas, que deveriam estar guardadas ou junto com o restante; 
  • o apresentador leu um texto jornalístico que falava do evento e, como não havia preparado nada, nem se inteirado do assunto, pronunciava siglas relativas ao assunto; 
  • as folhas com as anotações estavam também soltas, quando o aconselhável era estar numa discreta pasta ;
  • na hora de compor a mesa, foi feita uma chamada geral, sem qualquer pausa para a autoridade subir sozinha e ser aplaudida;
  • havia naquele seu trabalho um linguajar característico de uma pessoa conversando despretensiosamente com quaisquer outras, denunciando que um roteiro de locução não havia sido preparado. 
 Sempre falamos sobre tal erro: o apresentador no evento era, na realidade, um radialista e não um Mestre de Cerimônias.
Ele não se preparou nem foi preparado para atuar como um Mestre de Cerimônias. A impressão que tenho é que um "responsável" disse:  - Sabe ler. Tem boa voz. Não falta nada.
Falta sim!

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Dom (n)

As notícias não param de aparecer em todo o país e em especial em Brasília e em Rondonia.
Pelo que vemos - aqui, aqui e aqui -
a falta de honestidade é um dom (ou seria um don) familiar.





quinta-feira, 27 de junho de 2013

Faz falta

Todos que me conhecem, pessoalmente ou por este espaço, sabem que eu gosto demais dos trocadilhos e brincadeiras que se pode fazer com as palavras. Gosto de utilizar e de criar tais brincadeiras e admiro também quem tem gosto semelhante.
Quero então destacar o bom repórter Tino Marcos da rede Globo falando sobre Neymar e a nossa seleção de futebol:
Pela reportagem, o Brasil é o time mais faltoso e aquele jogador é o que mais comete a infração, batendo bastante nos adversários. Mostrou ainda que o treinador Felipão considera que o atacante brasileiro é indispensável. E o tino do Tino:

          Neymar é um jogador que faz falta!

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Bandeiras em Saramandaia

A novela Saramandaia teve sua estreia na segunda-feira e confesso que gostei, talvez bem mais por me remeter ao passado, do que pelos méritos atuais. Naquele dia, vi algo que me chamou a atenção, mas somente hoje pude, através do site, conferir e trazer para este espaço.
Na cena acima, um coronel invade o gabinete do prefeito para reclamar de uma manifestação de parte do povo que quer mudar o nome da cidade. Vemos o prefeito em sua mesa, o chefe de gabinete e o coronel (de costas).  No lado esquerdo do prefeito vemos duas bandeiras, sendo mais próxima a ele a que seria do município e a do Brasil.
O que está errado?
1 - as bandeiras deveriam estar do lado direito da mesa do prefeito e
2 - a bandeira do Brasil deveria estar à direita e a do município (mesmo que fosse do estado) à esquerda.
A rede Globo de televisão, tão poderosa e na maioria das vezes, fazendo coisas bem feitas, tem cometido falhas incríveis.
Essa só quem é do ramo do cerimonial percebe.

Vitória do povo

Quando eu era mais jovem ( há apenas alguns meses) pensava que poderia mudar o mundo.
Todo jovem pensa assim.
E não é que a juventude de hoje em dia está levando esse desejo bem mais à frente?!?!?!?!
Alguém duvida de que se não fosse toda essa mobilização nacional, com tantos protestos e tanta gente nas ruas em tantas cidades e em praticamente todos os estados do país, correríamos sérios riscos de termos aprovada a tal proposta?
Agora, o povo tem que estar atento para mais um atentado a nossa tão cara democracia, por conta da PEC 33 que faz com que decisões do STF tenham que passar pelos nossos políticos para ter validade.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Erro na Folha

Alertado pela Miriam, sempre observadora, fui conferir e concordei com ela: ou a "Folha" tem um revisor de texto muito ruim, ou simplesmente não tem.
Veja

sábado, 22 de junho de 2013

Lingua portuguesa?



Que língua falamos no nosso Brasil?
O texto abaixo me foi enviado pelo amigo Paulo Gaúcho, que nasceu em Rio Grande - RS - , mora em Vitória - ES -  e conheci em Florianópolis - SC.


Bochincho  - Autoria: Jayme Caetano Braun

A um bochincho - certa feita, fui chegando - de curioso,
Que o vicio - é que nem sarnoso, nunca pára - nem se ajeita.
Baile de gente direita vi, de pronto, que não era,
Na noite de primavera gaguejava a voz dum tango
E eu sou louco por fandango que nem pinto por quirera.

Atei meu zaino - longito, num galho de guamerim,
Desde guri fui assim, não brinco nem facilito.
Em bruxas não acredito 'Pero - que las, las hay',
Sou da costa do Uruguai, meu velho pago querido
E por andar desprevenido há tanto guri sem pai.

No rancho de santa fé, de pau-a-pique barreado,
Num trancão de convidado me entreverei no banzé.
Chinaredo à bola-pé, no ambiente fumacento,
Um candieiro, bem no centro, num lusco-fusco de aurora,
Pra quem chegava de fora pouco enxergava ali dentro!

Dei de mão numa tiangaça que me cruzou no costado
E já sai entreverado entre a poeira e a fumaça,
Oigalé china lindaça, morena de toda a crina,
Dessas da venta brasina, com cheiro de lechiguana
Que quando ergue uma pestana até a noite se ilumina.

Misto de diaba e de santa, com ares de quem é dona
E um gosto de temporona que traz água na garganta.
Eu me grudei na percanta o mesmo que um carrapato
E o gaiteiro era um mulato que até dormindo tocava
E a gaita choramingava como namoro de gato!

A gaita velha gemia, Ás vezes quase parava,
De repente se acordava e num vanerão se perdia
E eu - contra a pele macia daquele corpo moreno,
Sentia o mundo pequeno, bombeando cheio de enlevo
Dois olhos - flores de trevo com respingos de sereno!

Mas o que é bom se termina - cumpriu-se o velho ditado,
Eu que dançava, embalado, nos braços doces da china
Escutei - de relancina, uma espécie de relincho,
Era o dono do bochincho, meio oitavado num canto,
Que me olhava - com espanto, mais sério do que um capincho!

E foi ele que se veio, pois era dele a pinguancha,
Bufando e abrindo cancha como dono de rodeio.
Quis me partir pelo meio num talonaço de adaga
Que - se me pega - me estraga, chegou levantar um cisco,
Mas não é a toa - chomisco! que sou de São Luiz Gonzaga!

Meio na volta do braço consegui tirar o talho
E quase que me atrapalho porque havia pouco espaço,
Mas senti o calor do aço e o calor do aço arde,
Me levantei - sem alarde, por causa do desaforo
E soltei meu marca touro num medonho buenas-tarde!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Uso da Bandeira

Encontrei agora há pouco no facebook uma postagem atribuída ao Jô Soares que sugeria que os manifestantes nas ruas utilizassem a Bandeira do Brasil para cobrirem seus corpos, o que, em tese, impediria a PM de agredí-los por estarem, dessa forma, cometendo um crime, blá blá blá
Não posso acreditar que tal declaração tenha partido do famoso artista, mas de qualquer maneira, a afirmação não procede. Primeiro porque o tal decreto mencionado no texto já foi revogado e segundo porque o que trata do uso da Bandeira Nacional é a lei 5700/71. E o que diz a tal lei acerca do assunto? prevê como crime (na realidade, contravenção penal) o uso daquele símbolo nacional, que tem sido objeto de tantas postagens aqui, justamente na condição de roupagem.
CAPÍTULO VDo respeito devido à Bandeira Nacional e ao Hino Nacional...Art. 31. São consideradas manifestações de desrespeito à Bandeira Nacional, e portanto proibidas:I - Apresentá-la em mau estado de conservação.II - Mudar-lhe a forma, as côres, as proporções, o dístico ou acrescentar-lhe outras inscrições;III - Usá-la como roupagem, reposteiro, pano de bôca, guarnição de mesa, revestimento de tribuna, ou como cobertura de placas, retratos, painéis ou monumentos a inaugurar;...
Desta forma, quem estaria cometendo errado, antes de uma suposta agressão dos policiais, seriam os usuários.

Carta de Brasília

Do encontro que tivemos em Brasília no último mês de maio, resultou um documento, intitulado Carta de Brasília, como segue:


Os Cerimonialistas e Mestres de Cerimônias do Brasil, reunidos na Capital Federal, no Teatro Brasil 21, pelo transcurso da Convenção dos Cerimonialistas e Mestres de Cerimônias do Brasil – Ano III, realizada de 1º a 4 de maio de 2013, referendam:
A precípua necessidade da permanente capacitação, atualização e aprimoramento profissional dos Cerimonialistas e Mestres de Cerimônias em todo o território nacional, com vistas à melhoria das práticas laborativas, e do desenvolvimento de competências e habilidades próprias desses profissionais;
A importância da utilização das novas tecnologias como ferramenta de apoio e atualização das práticas inerentes ao Cerimonial e Protocolo;
A necessidade da observação da precedência do conteúdo sobre a forma na flexibilização dos ritos protocolares próprios às atividades dos Cerimonialistas e Mestres de Cerimônias, com vistas à modernização das práticas de Cerimonial na atualidade.
A premência da revisão do Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972, que estabelece as Normas do Cerimonial Público e a Ordem Geral de Precedência, visto que não contempla de maneira adequada as novas configurações administrativas dos setores de governo.
O início da Consulta Pública, de abrangência nacional, com vistas à atualização do Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972, que será levada a efeito pelo Sindicato dos Cerimonialistas e Mestres de Cerimônias do Brasil – SINCMC Brasil, com a anuência de Sua Excelência o Senhor Renato Mosca de Souza, Ministro-Chefe do Cerimonial da Presidência da República, manifestada no  Ato de Abertura desta Convenção.
Brasília (DF), 4 de maio de 2013.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Lindo e significativo

Mais uma vez venho falar do meu orgulho pelo povo brasileiro.
Sempre achei muito emocionante a torcida continuar a cantar o hino nacional quando, em jogos de volei, por exemplo, a execução era interrompida.

Ontem eu não vi, mas vi e li hoje nos sites ( aqui e aqui) que até um experiente árbitro ingles se disse emocionado com a demonstração de amor à pátria demonstrado no último jogo da seleção brasileira.

Ocorre que a Fifa ("dona" da Copa das Confederações) tem em seu protocolo, a execução de apenas um trecho dos hinos, mas a torcida brasileira, mostrando civilidade tanto quanto rebeldia, continuou cantando o nosso hino brasileiro, mesmo com a edição que finaliza a música executada mecanicamente.
Veja o vídeo e se arrepie.


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Imagem

Imagem da abertura do V Confict na Uenf em Campos dos Goytacazes, com a Mestre de Cerimônias Barbara Pimenta e eu só nos bastidores.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Um povo maravilhoso.

O povo brasileiro é realmente muito legal.
Os protestos estão nas ruas, as campanhas contra e a favor das minorias estão rufanco, os impostos maltratando a vida de trabalhadores e empresários e o povo brasileiro ainda tem condição de adotar um time, uma seleção de outro país.

Apesar das minorias intolerantes com os idosos, os nordestinos, os homo e os heteros, os negros etc, convivemos pacificamente com um enorme número de religiões, somos vizinhos de uma grande variedade de etnias, aceitamos pacificamente os inúmeros partidos políticos e seus "donos"; e vejo a reportagem do Globo Esporte que mostra mais de 20 mil pessoas foram ao estádio Mineirão, em BH e boa parte torceu e incentivou a seleção do Taiti. Justamente eles que disseram que em seu país costumam jogar com um público de 100, 200 pessoas, receberam o carinho e o incentivo de milhares de brasileiros.
Sinto muito orgulho de meu país e desses brasileiros.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

terça-feira, 11 de junho de 2013

Faturando com a própria torpeza

Com uma justificativa para lá de suspeita, uma mulher está ganhando dinheiro com um erro de portugues que ela traz consigo.
O faturamento está ocorrendo com a venda de camisas e já estão programando outros meios de explorar a própria burrice para ganhar alguns trocados, como por exemplo, canetas e pelúcias.
Ocorre que, segundo a reportagem do UOL, - veja aqui - Lidiane de Sousa teve tatuada em suas costas a maravilhosa e significativa frase: "HAJA O QUE HAJAR..."
Segundo a mulher o erro partiu de uma declaração de amor do marido e passou a ter um significado muito especial para os dois.
Para chegar até as páginas virtuais, a foto foi postada pela própria incauta no facebook e agora ela está sendo (claro) ridicularizada.
Esse tipo de besteira está ajudando também a difundir o "serto" (no lugar de está certo) que tem sido utilizado pelas pessoas que querem demonstrar sua insatisfação com esse tipo de erro.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Não erram?

Estive nos últimos dias em Florianópolis no VI Forum de Cerimonial Universitário.
A cidade é maravilhosa, o encontro foi muito bem organizado, as pessoas interessadas (quase todas) nos debates etc.
Como não podia deixar de ser, prestei muitíssima atenção às bandeiras em odiversos pontos, a começar pelo hotel e...
não encontrei uma só sequencia errada. Muito bom.





domingo, 2 de junho de 2013

Bandeiras em Atafona

Em Atafona, no vizinho município de São João da Barra, encontrei as situações abaixo, uma praticamente ao lado da outra.

As fotos acima são de uma empresa, salvo engano, particular e de prestação de serviços de limpeza, (esquerda) e da Delegacia de Polícia (direita)  que fica a uns 10, 20 metros, logo na esquina.
Podemos perceber, portanto, o erro na primeira (esquerda): em ambas a bandeira do Brasil está corretamente colocada no meio, mas o problema vem com a precedência que deve ser dada, quando, obrigatoriamente, à direita da bandeira do Brasil deve vir a segunda em importância.
A foto que mostra a delegacia está correta pois a bandeira do estado do Rio de Janeiro precede a bandeira da instituição Polícia Civil.
A foto colocada na empresa particular mostra a falta de atenção de alguém, pois coloca no lado direito da bandeira mais importante, a da empresa e a do Estado no lado direito.
É importante ressaltar que esquerda e direita deve ser analisado sob o ponto de vista de uma pessoa colocada à porta do local e de frente para o público e / ou  para a rua.