quarta-feira, 29 de julho de 2009

Orador de Turma


Numa cerimônia de Colação de Grau, comumente chamada de Formatura, ocorre sempre uma certa confusão com relação ao termo "Orador de turma". Algumas vezes os formandos menos avisados pensam que o escolhido deve realmente fazer uma oração, quando o correto é que ele foi eleito para discursar em nome da sua turma.
Um outro erro muito comum sobre o orador da turma é que ele acaba falando sobre si, suas dificuldades, sua família, aproveitando que ele está ali diante do microfone e tem a real possibilidade de agradecer e/ou externar sentimentos reprimidos. Na realidade o orador de uma turma é um representante de todos. Teoricamente ele precisa redigir um discurso, submetê-lo aos seus colegas aceitando e incorporando as alterações solicitadas e então traduzir o pensamento de todos. Também pode elaborar um texto onde são destacadas as principais características de seus pares; nesse caso deve desprezar os pontos menos positivos de seus colegas para evitar constrangimentos diante de suas famílias.
Acesse o link abaixo e veja uma divertida charge sobre Formatura e Orador de Turma.
http://charges.uol.com.br/2008/01/18/cotidiano-muita-injustica/

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Propaganda negativa

Na condição de cerimonialista e blogueiro, pesquiso muito sobre tudo que diz respeito ao Cerimonial. Como posto algumas dicas de língua portuguesa, achei muito interessante algo que encontrei na internet sobre um determinado Mestre de Cerimônias. Veja abaixo:
(foto em detalhe)
Além do profissional não estar devidamente trajado, existem dois erros grosseiros (além da falta de acentos, vírgula no lugar indevido ...): ..."Na cidade de Recife, A mas de dez anos"... O correto seria: ... Na cidade de Recife há mais de dez anos...
Como em todo lugar e em todas as áreas, existem bons e maus profissionais.
Com base na propaganda muito negativa posso garantir que eu não o contrataria.

quinta-feira, 23 de julho de 2009


O cerimonial e a cerimônia.


O cerimonial também se refere ao respeito, à tradição, ao bom senso, à educação ...

Muito interessante o artigo de Moacyr Góes, que pode ser visto pelo link abaixo, que apesar de não citar “cerimonial”, mostra que o cerimonial também está presente no nosso dia a dia.

http://odia.terra.com.br/portal/conexaoleitor/html/2009/7/moacyr_goes_ma_educacao_vira_regra_25249.html

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Casal


Uma das bases do Cerimonial é o costume.

Mas o costume pode ser esquecido ou até mesmo não conhecido por alguns.

Por vezes vemos alguns casais de namorados passeando por uma calçada, estando o rapaz no canto e a moça na beirada, quando deveria ser exatamente o contrário.

Por quê?

A resposta vem de tempos mais remotos: ocorre que na rua passavam as carruagens e seus cavalos, os quais sendo irracionais, por vezes ofereciam certos riscos. Hoje na rua passam os carros (também com alguns cavalos) e quem estiver na beirada da calçada estará mais suscetível aos perigos que isso traz. E desde aquela época o cabia ao homem estar atento e proteger as indefesas mocinhas e senhoras.

Isso sempre foi assim e sempre será.

Sendo o homem mais forte (ao menos em tese) e a moça mais frágil (em tese também) terá a condição de mais protegida a pessoa que estiver mais distante da rua, razão pela qual o cavalheiro deve manter sempre uma dama que lhe acompanhe no canto da calçada. Se o casal é de namorados é óbvio que o namorado deve dar proteção à sua companhia, até porque ela anseia por isso.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

O que é o Cerimonial II?
Sempre que tivéssemos um evento – político, religioso, acadêmico -, e não fossem observadas e aplicadas as normas do Cerimonial, estaria instalada e reinando absoluta, a balbúrdia. Por quê? Porque certamente não haveria nenhum ordenamento, todos falariam – e ao mesmo tempo, faltaria planejamento, sobraria improvisação, não seria estabelecido o comando etc.
As pessoas podem até não se dar conta, mas o Cerimonial está presente numa solenidade de entrega de premios, numa assembléia sindical ou numa reunião de condomínios, tanto quanto num casamento, numa Colação de Grau ou numa posse de Presidente da República.
Os eventos esportivos tão transmitidos pela televisão são exemplos claros: da apresentação dos protagonistas numa luta de box, à abertura de uma Olimpíada como a última em Pequim, passando inclusive pelos jogos de futebol ou vôlei.
foto: stock.xchng
Foto: globoesporte.com

Na cerimônia de entrega do Oscar ou do Kikito, num concurso de Miss, na abertura de um congresso ou seminário, na inauguração de uma obra ou loja, as regras protocolares e de Cerimonial não podem faltar, sob pena de serem cometidas muitas gafes e enganos.

No mega evento do funeral do Michael Jackson, lá estava presente o Cerimonial (bom ou ruim) nos trajes, na ordem das apresentações, em estabelecer quem iria falar e quando, onde ficarão os convidados e os familiares etc.


Foto: sitedosfamosos.com.br

Ao final de uma corrida de Formula I, por exemplo, os pilotos vencedores encaminham-se para um lugar predefinido, numa seqüência de acordo com a posição final de cada um e ocupam no pódio cada qual o lugar reservado para 1º, 2º e 3º colocados.

As bandeiras dos países dos vencedores sobem representando o resultado (a do primeiro colocado fica no meio) e os hinos do país do vencedor, assim como do país da equipe vencedora, são executados. E os troféus? Cada autoridade, de acordo com critérios previamente estabelecidos, faz a entrega aos três ali em destaque. Tudo isso foi planejado e executado pelo cerimonial, que estabelece até em que momento cada passo tem que ser dado. A precedência entre as autoridades presentes assim como o respeito à hierarquia aos símbolos, é rigorosamente observada. Tanto é que cada piloto, assim que sai do seu carro e tira o capacete, usa um boné com o nome de um patrocinador; porém, ao primeiro acorde do hino executado, respeitosamente, todos os tres tiram seus bonés, embora seus patrocinadores estejam pagando, e muito, para que suas marcas sejam estampadas para o mundo inteiro que está assistindo. E isso ocorre de igual forma em qualquer parte do mundo.



Foto:f1-site.com Foto:f1-fans.co.uk

quinta-feira, 9 de julho de 2009

O que é Cerimonial I

O que é cerimonial e protocolo?


“Cerimonial é a atividade do homem singular ou do homem plural, para criar ou aumentar seu espaço psico-emocional e sócio-cultural e/ou para comunicar ao outro ou outros, do respeito por aquele espaço que lhe corresponde, dentro de um contexto motivacional”.
Nelson Speers

“Protocolo é o conjunto de normas para conduzir atos oficiais sob regras de diplomacia, tais como a ordem de precedência. Ordena as regras do cerimonial e controla sua execução. É a aplicação prática e concreta do cerimonial.
Cerimonial é a técnica de conduzir cerimônias, assim com a seqüência lógica de programas, recepção, acesso ao evento e outros fatos. É a publicação do protocolo, ou seja, suas regras.”

Maçonaria – “Grande Oriente do Rio Grande do Sul”

“O protocolo codifica as regras (ligadas de forma intrínseca à etiqueta social) que regem o cerimonial, cujo objetivo é dar a cada um dos participantes de um ato público as prerrogativas, privilégios e imunidades a que têm direito. O cerimonial é todo o conjunto destas formalidades específicas de um ato público, que envolve a utilização de indumentária própria, a ordem de precedência e o cumprimento de um ritual. O cerimonial e o protocolo fazem parte dos eventos em geral e do dia-a-dia das pessoas.”
Assessoria de Comunicação e Marketing do Centro Universitário
de Sete Lagoas - UNIFEMM

“Cerimonial é o conjunto de formalidades, regras e normas, a serem seguidas na organização de uma cerimônia oficial, em especial, definindo a sua seqüência lógica e regulando os diversos atos que compõe. É o conjunto de procedimentos a serem observados em atos solenes ou festas públicas.”
Manual de cerimonial do governo do Estado de Santa Catarina


Muitas são as definições para Cerimonial e Protocolo e decidimos não tentar conceituar mas sim exemplificar.
Quanto se recebe em casa amigos e familiares para algum tipo de comemoração, procede-se a vários tipos de providências para tanto: convite (pessoalmente, por telefone, por e-mail, impresso); quantidade de pessoas esperadas; o ambiente para os convidados; a limpeza; a arrumação; qual a quantidade e o que servir em matéria de comida (tipos de carnes e canapés – em caso de aniversário, bolo, docinhos, lembrancinhas) e de bebidas (refrigerantes, água, cerveja, vinho, uísque) de acordo com o perfil da lista de convidados; o entretenimento; profissionais para os diversos tipos de trabalho; quantidade de mesas e cadeiras; copos, talheres, pratos, guardanapos; estacionamento para os veículos e muito, muito mais.
Costumo dizer que não dar valor ao Cerimonial seria o mesmo que pensar que, para se fazer uma simples festinha de aniversário de uma criança, basta comprar um bolo e alguns refrigerantes e tudo estaria resolvido. No entanto, mesmo para um simples aniversário são necessários diversas providências, que vão muito além de um “bolinho” e um refrigerante. Quem já entrou numa experiência dessas sabe. Imagine agora a quantidade de detalhes acerca de uma Cerimônia de Colação de Grau, por exemplo.
No planejamento, organização e execução de uma formatura, além de um número enorme de pormenores, ainda se verifica se a instituição impõe regras acadêmicas e protocolares, a pronúncia correta dos nomes de formandos, professores, homenageados, a quantidade de formandos e de professores, o palco, cadeiras, tablados, iluminação, sonorização, apoio, mestre de cerimônias, script, decoração, convites, e ainda a parte legal como alvarás judiciais e o recolhimento dos direitos autorais. E com certeza ainda falta muito para relatar. Assim também é em todo tipo de evento como posses, inaugurações, entrega de títulos, aberturas de trabalhos científicos, políticos, esportivos etc.
Normalmente o cerimonialista é chamado para atuar na organização de um evento já quando está prestes a acontecer: o roteiro, o mestre de cerimônias, as bandeiras, a mesa etc, mas tal profissional (embora ainda não reconhecida como profissão) deveria atuar desde o embrião do evento, auxiliando no público alvo, na logística, nos profissionais envolvidos até a desmontagem e retirada do material, para que os idealizadores daquele evento tivessem como preocupação maior, ou única, o objetivo idealizado.
Da próxima vez que você for a algum tipo de evento (de qualquer tipo e grandeza) tente observar os detalhes e pensar em quem preparou tudo aquilo.