quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Desfazendo a mesa


Após um profícuo debate sobre o assunto (com uma pessoa bem próxima) resolvi abordar o tema neste espaço:

Quando se compõe uma mesa de autoridades na abertura de algum evento, queremos lhe dar um ar solene e ao mesmo tempo caracterizar a cerimônia de início daquele acontecimento.

Via de regra cada um dos integrantes da mesa pronuncia-se, iniciando-se pelo de menor hierarquia e por terminando pela maior autoridade.

Ocorre que normalmente após a abertura, começam efetivamente os trabalhos e em muitas vezes acontece a palestra que faz parte tanto do evento quanto da abertura. Para que haja a palestra é comum que se desfaça aquela mesa e é aí que reside a controvérsia.

Ora. Em primeiro lugar a mesa é para abertura e não para durar indefinidamente. Já foi cumprido o papel que cabia às autoridades ali presentes. Em segundo lugar, geralmente o palestrante faz uso de telão e utiliza todo o palco para interagir com a platéia e desenvolver sua explanação; não seria razoável que os integrantes da mesa tivessem que se virar para ver o que está sendo projetado, muito menos, ficar disputando o espaço com aquele que está se apresentando. Igualmente ruim seria o palestrante ficar de costas para as autoridades na mesa, ou caso contrário, para a platéia, ou ainda restrito a apenas um “cantinho”. Também temos que entender que as autoridades têm muitos afazeres e, em muitas ocasiões, não têm tempo para permanecer naquele evento, por mais que quisesse, uma vez que outras obrigações se impõem. Tanto é que quando desfazemos então uma mesa de autoridades, não devemos convidá-las ou mencionar de alguma forma que elas ficarão na platéia para assistir a apresentação que se seguirá, pois, em muitas ocasiões, tais autoridades terão que se deslocar para outros compromissos. Os que puderem ficarão, mas outros, há que se compreender, estarão sendo chamados em outros tantos lugares.

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