segunda-feira, 25 de abril de 2011

Coisas do idioma novamente

O leitor Alex Ribeiro Cabral deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Coisas do nosso idioma", mas que resolvemos transformar em um novo post. Leia?




João Ubaldo Ribeiro em sua coluna no Globo de 24/04/11 escreveu sobre alguns vícios de linguagem que estamos nos acostumando a ouvir (e falar) ultimamente.
Um deles é o uso indiscriminado do "você". Numa conversa em vez de se formular uma frase assim:"quando se comete um crime dessa natureza, tem de se estar preparado para os rigores da lei";formula-se dessa maneira: "quando você comete um crime dessa natureza, você tem que estar preparado para os rigores da lei". 
De um momento para o outro o interlocutor vira o próprio criminoso. 
Ou então a seguinte frase: "em alguns estados dos EUA quando se mata alguém, há condenação à pena de morte"; é alterada e termina assim: "em alguns estados dos EUA se você matar alguém, você para ser condenado à pena de morte".
Ele também fez menção ao fato de estar bastante em voga a utilização de presidenta no lugar de presidente, quando o cargo é ocupado, obviamente, por mulheres. Segundo Ubaldo, apesar de "presidenta" já ter sido consagrado pelos dicionários, dever-se-ia atentar para a uma possível "morte" dos substantivos comuns de dois gêneros, afinal se já está sendo aceita a expressão "presidenta", daqui a pouco serão aceitas "estudanta", "gerenta", "residenta", "atendenta" e, por que não, "motoristo"?
Ele termina o texto dizendo que pelo que se sabe a presidente Dilma prefere a grafia "presidenta", e que se é assim, ele, João Ubaldo" se reserva ao direito de chamá-la de governanta, em vez de governante, hehehe. 

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