Sempre que abordamos o tema central do blog – cerimonial - utilizamos este espaço para tentar contribuir para a melhoria dos eventos, tanto em sua organização, quanto na realização do mesmo.
Relatamos a seguir um fato ocorrido em uma cerimônia bastante recente, objetivando mostrar que certas “coisas” não devem acontecer.
Foi uma solenidade bem simples de recepção de novos alunos, onde além de cerimonialista, eu atuava como Mestre de Cerimônias.
Antes da composição da mesa de honra, um dos professores, que já estava programado para subir ao palco e ficar na referida mesa, me pediu para não lhe passar a palavra, pois não se sentia a vontade para tanto. Sentaria à mesa mas não discursaria.
Composta a mesa, os membros começaram a se pronunciar. Enquanto a professora imediatamente ao lado daquele professor discursava, voltei e pedi que ele confirmasse sua intenção inicial, ao que prontamente foi reafirmada: ele não queria falar nada.
Ao final da fala daquela professora que ladeava nosso tímido participante, passei o microfone para outra autoridade e a convidei a dizer algumas palavras, como estava previsto e seria natural.
Para minha surpresa, e também a de todos, a autoridade que presidia o evento me questionou:
- Mas você pulou o prof. M.......
Tentei explicar a posição do professor:
- Perdão, senhora. Ele não deseja se pronunciar...
O local era pequeno assim como a platéia e, mesmo sem falar ao microfone, aquele reduzido diálogo podia ser ouvido, ao menos pelos que estavam mais a frente.
Com a sutileza e a elegância de um elefante em fuga, e a inteligência e perspicácia de uma ameba em estado de coma, aquela autoridade apanhou o microfone e bradou:
- Ele quer falar sim! Quem disse que ele não quer falar.
Entregou o microfone ao acanhado professor e disse:
- Fala aí M...
É muita falta de noção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário