sábado, 3 de setembro de 2011

Cada qual no seu cada qual


Já tratamos em outra postagem sobre a diferença entre Mestre de Cerimônias e Apresentador ou Animador de auditórios.
Pensamos que cada um tem o seu espaço e sua importância, assim como cada evento deve ter um ou outro, claro, de acordo com o que se pretende realizar.
Estivemos ontem numa solenidade de Colação de Grau de uma amiga, levando nosso abraço fraterno  e não pudemos deixar de observar algumas coisas que não gostamos:

Primeiro:  a (des)ordem completamente equivocada de colocação das bandeiras, denunciando que quem as posicionou, não sabe que existe um ordenamento correto, regido por lei.
Em segundo lugar:  a presença de um animador de auditório que foi incumbido de exercer a função de Mestre de Cerimônias. Tanto é que para iniciar o evento já veio aquele famoso: “Boa Noite” como era de se esperar o público respondeu comedido, com poucos vozes e num tom razoavelmente baixo e compreensível para o momento.
E ele voltou com:  ... “tá fraco. BOA NOOOITE!!!”
Fez lá umas ou outras graças e parou para esperar o momento em que tudo estaria pronto para, aí sim, iniciar a solenidade. Dois ou três minutos depois começou a montar a mesa e fazer a chamada dos formandos.
Quando estudamos Cerimonial e mais especificamente a função e a atuação de um Mestre de Cerimônias, vemos que todos ensinam e todos concordam que a figura que conduz uma solenidade tem que ser OBRIGATORIAMENTE o mais discreto possível. Conheço quem diga que o bom Mestre de Cerimônias é igual a árbitro de futebol. É indispensável, mas quando ele aparece muito, está atrapalhando o evento em si.
O professor/animador/apresentador não lera antes os nomes dos formandos, procurando qual era a pronúncia correta dos nomes, não estudou/adaptou o roteiro e não se trajou a contento para o papel que iria desempenhar. Até mesmo no momento em que houve uma falha da empresa que lá trabalhava ele deu uma de Faustão dizendo algo do tipo: “Acontece quando é ao vivo.”
Uma cerimônia de Colação de Grau tem que ser conduzida de forma cerimoniosa. Isso não significa que o Mestre de Cerimônias tem que ser carrancudo ou ter comportamento de padre à moda antiga. Sobriedade, objetividade, imparcialidade e uma boa dose de bom senso, são características necessárias a quem atua nessa função, além da consciência límpida de que as autoridades presentes é que são importantes e que o foco desse tipo de evento são os formandos.
Numa festa de formatura, numa apresentação festiva, num concurso ou num tipo de evento que tem características eminentemente descontraídas, cabe perfeitamente a figura do animador ou do apresentador. O ambiente é festivo.
Solenidade vem de solene, cuja definição, segundo o dicionário Michaelis Uol é: Que se celebra com pompa em cerimônias públicas. 2. Que infunde respeito. 3. Enfático, sério. 4. Acompanhado de formalidades que a lei ou o costume impõem.
Verificando no mesmo dicionário:  ce.ri.mô.nia
s. f. 1. Forma exterior do culto religioso. 2. Pompas de uma festa pública; solenidade. 3. Normas que presidem ao trato entre pessoas bem educadas e não íntimas.

Vamos entender o que cada coisa significa e principalmente:  Cada um na sua!

Um comentário:

  1. Eu também já vi aqui na minha cidade um sujeito que parecia o Raul Gil de tanto que gritava e fazia presepada. Formatura lembra formal e esse tipo de apresentação tá por fora.
    Sergio

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