sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Discursos

Abaixo um pequeno e "resumido" exemplo de como não fazer um discurso:
Inicialmente, eu queria dizer-lhes que é um prazer enorme estar aqui presente neste ambiente, nesta hora, neste momento e poder abrilhantar a abertura com essa minha fala inicial, primeva, que abre de par em par as janelas mágicas da torrente objetiva de palavras que vou proferir a partir de agora, sem mais delongas. Asseguro-lhes que serei breve, pois sei a importância do tempo para cada um dos que aqui, de novo,, estão presentes. Mais do que ninguém sei o que o tempo é dinheiro e, por isso mesmo, não vou expropriar-lhes mais do que alguns minguados momentos e lhes asseguro que serei realmente breve. Não vou ficar volteando, dando voltas e mais voltas, circunavegando, repisando e girando sempre em torno de assuntos intermináveis, como acontece na maioria dos discursos, esses longos e cansativos discursos. Não senhores, não vos farei passar por esse sofrimento, podem estar certos disso. Serei econômico, preciso, conciso, objetivo, direto, claro como essa luz que nos alumia neste momento mágico de profícuas trocas prazerosas de informações pertinentes ao tema que vós aguardais tão ansiosamente e que eu, sinceramente, espero poder corresponder à altura. Reafirmo que não vou ocupar mais do que um átimo de vosso precioso tempo, em respeito, profundo respeito ao tempo em que estás aqui para desfrutar de algo realmente relevante, importante e. – por que não dizer? – MARCANTE para o resto de vossas sagradas e preciosas vidas... não quero me alongar muito, porque o tempo, como vós mesmos sabeis, é algo sagrado. Por essa razão prometo que vou me esmerar na economia de palavras e não vou ficar me alongado e nem vou me estender por demais no tema, por mais que ficasse tentado, pois sei a importância da concisão. Sei, por experiência propia acumulado ao longo do tempo, - eis aí, de novo o nosso vilão: o tempo – sei que é necessário o exercício da capacidade de síntese, que não é outra coisa senão a habilidade, a ciência de ter a sabedoria de dizer muito com poucas palavras. Portanto, senhoras e senhores, procurarei abreviar o sofrimento de vocês, buscando dizer apenas o essencial, apenas o que precisa ser dito. Desculpo-me, de antemão perante dodos vocês, por alguma falha que possa virf a decorres da brevidade do meu discurso, que, infelizmente, não poderá se aprofundar tanto no tema como eu gostaria. Tudo em prol da compreensão, do entendimento e da ovjetgividade perseguida com tanto denodo e aplicação. Que me perdoem aqueles que gostam de discorres longamento sobre a periferia dos assuntos, sem entrar direto no fulcro, no cerne, no âmago verdadeiro daquilo que nos interessa. Isto não é incrível? Não é de se admirar? Mas tem gente que é assim mesmo. E o pior é que eles nem se mancam. Falam pelos cotovelos sem perceber que precisam ser diretos. Comigo as coisas são diferentes e por esse motivo vou a partir deste memorável momento iniciar meu pronunciamento de forma resumida. E não se preocupem pois serei breve. ...

Retirado do site http://recantodasletras.uol.com.br com pequenas modificações

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