Duas únicas palavras inseridas na parte mais séria de uma cerimônia de formatura de uma turma da faculdade de Cinema na PUC-Rio, causaram grades prejuízos a diversos estudantes. Isso porque na cerimônia, em janeiro deste ano, a aluna responsável por ler o texto, resolveu fazer um "adendo": a cada tópico lido, ela incluía a expressão "ou não" no final da frase.
"Prometo exercer minha profissão/ com espírito de quem se entrega / a uma verdadeira missão de serviço / tendo sempre em vista o bem comum; ou nãofonte: http://oglobo.globo.com/educacao/juramento-inusitado-suspende-formatura-na-puc-8159113
Dedicar-me a conhecer e avaliar / a realidade social / e aprofundar meus conhecimentos / a fim de satisfazer as necessidades da sociedade; ou não
Aplicar-me à busca da verdade / à realização da justiça / e à defesa dos direitos fundamentais do homem, ou não"
Sem serem avisados da brincadeira, os outros estudantes riram e acabaram repetindo as palavras da aluna. Conclusão: a turma de 30 formandos de Cinema do período 2012.2 não fez o juramento, e por isso, a colação de grau foi atrasada em meses.
Quem estava presidindo a cerimônia era o diretor do Departamento de Comunicação Social, professor César Romero. Segundo ele, seria possível intervir no juramento assim que a aluna descumprisse pela primeira vez a leitura do texto, que é padrão para todas as formaturas na PUC-Rio.
Romero preferiu não interromper o ato, mas logo após o evento, mandou um vídeo do juramento à reitoria da universidade, a fim de que se decidisse o que fazer com a situação inusitada. No final das contas, foi decidido que o juramento seria anulado, e duas novas cerimônias alternativas seriam marcadas, uma em março e outra em abril.
— Eu poderia intervir, sim, mas achei que não deveria. Afinal, os pais estavam felizes com a formatura dos seus filhos. Fiz isso primeiramente em respeito aos pais — explica Romero.
Com a decisão, os formandos tiveram de assinar a ata de colação de grau meses depois dos outros alunos que se formaram em Comunicação Social. A aluna Maria Eduarda Barreiro, por exemplo, tinha sido aprovada num processo seletivo, e deveria ter entregado algum documento que comprovasse a colação de grau até a última terça-feira (16).
No entanto, Maria Eduarda só pode assinar o papel nesta quinta-feira (18). E mesmo assim, ela terá que esperar até sexta-feira (19) para poder pegar o documento comprovando que a aluna colou grau. Para não perder a vaga na empresa, Maria Eduarda chegou a se comprometer a entregar o documento até esta sexta-feira (19) em Curicica, sede do Projac, no mesmo dia em que o papel será liberado pela PUC.
— Numa universidade particular, com quase 2 mil reais de mensalidade, esse tipo de serviço é um absurdo. Poderia haver uma intervenção na hora da brincadeira ou pelo menos que o juramento não fosse anulado — reclama a formanda.
Para César Romero, mesmo com os transtornos, o fato serve de exemplo para que novos formandos levem a sério a cerimônia.
— Imagina a presidente Dilma Rousseff dizendo no dia da posse 'prometo defender os Direitos Humanos, ou não'... A universidade não está disposta a compactuar com esse tipo de brincadeira — disse Romero."
De minha parte, penso que o presidente da solenidade tinha a obrigação (já que tem tal poder) de parar o juramento imediatamente após a primeira "brincadeira" e ordenar que fosse feito de forma correta e respeitosa, sob pena de cancelar ali mesmo todo o evento. Numa cerimônia de Colação de Grau, os discursos, as homenagens, entrega disso e daquilo e quase tudo é opcional. O que é imperioso é que haja a relação de formandos, a presença do Reitor ou seu representante, o juramento estabelecido pelo conselho profissional ou pela instituição quando todos devem proferir (falar em voz alta) as frases e a declaração de outorga de grau.
Olá companheiro, tudo bem?
ResponderExcluirTenho acompanhado o seu blog e percebo que você é um incansável na "arte" de ministrar eventos. Parabéns! Muitas saudades e Deus te conserve. Maria Oliveira