sexta-feira, 19 de abril de 2013

Juramento inusitado suspende formatura na PUC

Brincadeira tem hora.
Duas únicas palavras inseridas na parte mais séria de uma cerimônia de formatura de uma turma da faculdade de Cinema na PUC-Rio, causaram grades prejuízos a diversos estudantes. Isso porque na cerimônia, em janeiro deste ano, a aluna responsável por ler o texto,  resolveu fazer um "adendo": a cada tópico lido, ela incluía a expressão "ou não" no final da frase.
 
"Prometo exercer minha profissão/ com espírito de quem se entrega / a uma verdadeira missão de serviço / tendo sempre em vista o bem comum; ou não
Dedicar-me a conhecer e avaliar / a realidade social / e aprofundar meus conhecimentos / a fim de satisfazer as necessidades da sociedade; ou não
Aplicar-me à busca da verdade / à realização da justiça / e à defesa dos direitos fundamentais do homem, ou não"
Sem serem avisados da brincadeira, os outros estudantes riram e acabaram repetindo as palavras da aluna. Conclusão: a turma de 30 formandos de Cinema do período 2012.2 não fez o juramento, e por isso, a colação de grau foi atrasada em meses.
Quem estava presidindo a cerimônia era o diretor do Departamento de Comunicação Social, professor César Romero. Segundo ele, seria possível intervir no juramento assim que a aluna descumprisse pela primeira vez a leitura do texto, que é padrão para todas as formaturas na PUC-Rio.
Romero preferiu não interromper o ato, mas logo após o evento, mandou um vídeo do juramento à reitoria da universidade, a fim de que se decidisse o que fazer com a situação inusitada. No final das contas, foi decidido que o juramento seria anulado, e duas novas cerimônias alternativas seriam marcadas, uma em março e outra em abril.
— Eu poderia intervir, sim, mas achei que não deveria. Afinal, os pais estavam felizes com a formatura dos seus filhos. Fiz isso primeiramente em respeito aos pais — explica Romero.
Com a decisão, os formandos tiveram de assinar a ata de colação de grau meses depois dos outros alunos que se formaram em Comunicação Social. A aluna Maria Eduarda Barreiro, por exemplo, tinha sido aprovada num processo seletivo, e deveria ter entregado algum documento que comprovasse a colação de grau até a última terça-feira (16).
No entanto, Maria Eduarda só pode assinar o papel nesta quinta-feira (18). E mesmo assim, ela terá que esperar até sexta-feira (19) para poder pegar o documento comprovando que a aluna colou grau. Para não perder a vaga na empresa, Maria Eduarda chegou a se comprometer a entregar o documento até esta sexta-feira (19) em Curicica, sede do Projac, no mesmo dia em que o papel será liberado pela PUC.
— Numa universidade particular, com quase 2 mil reais de mensalidade, esse tipo de serviço é um absurdo. Poderia haver uma intervenção na hora da brincadeira ou pelo menos que o juramento não fosse anulado — reclama a formanda.
Para César Romero, mesmo com os transtornos, o fato serve de exemplo para que novos formandos levem a sério a cerimônia.
— Imagina a presidente Dilma Rousseff dizendo no dia da posse 'prometo defender os Direitos Humanos, ou não'... A universidade não está disposta a compactuar com esse tipo de brincadeira — disse Romero."
fonte: http://oglobo.globo.com/educacao/juramento-inusitado-suspende-formatura-na-puc-8159113

De minha parte, penso que o presidente da solenidade tinha a obrigação (já que tem tal poder) de parar o juramento imediatamente após a primeira "brincadeira" e ordenar que fosse feito de forma correta e respeitosa, sob pena de cancelar ali mesmo todo o evento. Numa cerimônia de Colação de Grau, os discursos, as homenagens, entrega disso e daquilo e quase tudo é opcional. O que é imperioso é que haja a relação de formandos, a presença do Reitor ou seu representante, o juramento estabelecido pelo conselho profissional ou pela instituição quando todos devem proferir (falar em voz alta) as frases  e a declaração de outorga de grau.



Um comentário:

  1. Olá companheiro, tudo bem?
    Tenho acompanhado o seu blog e percebo que você é um incansável na "arte" de ministrar eventos. Parabéns! Muitas saudades e Deus te conserve. Maria Oliveira

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