sábado, 24 de novembro de 2012

Novo ditador

O sofrimento do povo egípicio parece não ter fim.


A República do Egito foi proclamada em 18 de Junho de 1953, presidida pelo General Muhammad Naguib. Em 1954, Gamal Abdel Nasser — o verdadeiro arquiteto do movimento de 1952 — forçou Naguib a renunciar, colocando-o em prisão domiciliar. Nasser assumiu a presidência e declarou a total independência do Egito com relação ao Reino Unido, em 18 de Junho de 1956, com a conclusão da retirada das tropas britânicas.

Nasser faleceu em 1970, três anos após a Guerra dos Seis Dias, na qual Israel invadiu e ocupou a península do Sinai. Sucedeu-o Anwar Al Sadat, que afastou o país da União Soviética e o aproximou dos Estados Unidos, expulsando os conselheiros soviéticos em 1972. Promoveu uma reforma econômica chamada "Infitá" e suprimiu de maneira violenta tanto a oposição política quanto a religiosa.

A histórica visita de Sadat a Israel, em 1977, levou ao tratado de paz de 1979, que estipulava a retirada israelita completa do Sinai. A iniciativa de Sadat causou enorme controvérsia no mundo árabe e provocou a expulsão do Egito da Liga Árabe, embora fosse apoiada pela grande maioria dos egípcios. Um soldado fundamentalista islâmico assassinou Sadat no Cairo, em 1981. Sucedeu-o Hosni Mubarak.


Hosni Mubarak governou por quase trinta anos, mas renunciou derrotado após uma grande onda de protestos: a população jovem se revoltou depois de conviver por anos em alta taxa de desemprego e situação de pobreza enquanto o Presidente Mubarak acumulava riquezas absurdas à custa de corrupção e impunidade nos desvios de recursos públicos.
Em primeiro de julho deste ano, Mohamed Morsi (ou Mursi) foi empossado presidente, após vencer as eleições com 51% dos votos e no último dia 22 se tornou um novo ditador.

"O presidente pode tomar qualquer decisão ou medida para proteger a revolução", declarou um porta-voz na televisão. "As declarações constitucionais, decisões e leis emitidas pelo presidente são definitivas e não estão sujeitas a recurso" até que uma nova Constituição entre em vigor e um novo Parlamento seja eleito, acrescentou. A eleição está prevista para o segundo semestre de 2013.

O povo, é claro, está mais uma vez protestando

Fontes:  Wikipédia. globo.com, r7.com

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